Em junho do ano passado recordo o entusiasmo dos
editores da Panini com o lançamento das primeiras edições dos Novos 52.
Várias revistas tiveram que ser reimpressas, porque a editora
certamente não esperava essa receptibilidade do público.
Além disso, no mês de junho, mês de lançamento
das edições Zero dos Novos 52, foi cancelada a revista mensal do Flash,
que fazia parte também de minha assinatura DC Premium. O Flash migrou
para a revista Universo DC, que vai ter espaço
aberto com revistas que foram canceladas por essa época nos EUA, e
provavelmente Exterminador, que acabou na edição #20, e a mensal do
Arqueiro Verde, devem ser lançadas em encadernados da Panini. O que
demonstra que talvez o leitor brasileiro não tenha comprado
a ideia de uma revista própria do Flash, pois nos EUA a revista vem
mantendo uma boa média de vendas, em torno de 30.000 exemplares, o mesmo
número de vendas do Arqueiro Verde.
As críticas que deixo aqui é que o leitor pede
por coisas novas e mesmo assim não adquiri esses produtos, e como
vivemos num mundo capitalista se a revista não vende não vale a pena
mandar para impressão e acaba cancelada pela detentoras
do direitos. E a crítica para a editora vai no sentido de talvez não
estudar com afinco as tendências do leitor brasileiro, pois vemos que
ela tem lançado revistas com formato luxo que, por mais excelente que
seja a história, não vai vingar em números de vendas.
Aí ficamos com coleções incompletas como Starman volume 1, O Questão,
entre outros, que há anos amargamos sem um lançamento sequer.
Quanto ao leitor americano, verificando as
solicitações da distribuidora Diamond, vê-se que o leitor norte
americano tem focado nas grandes sagas e revistas conhecidas, destoando
nessa tradição as revistas Kick Ass 3 e Walking Dead. Não
sei o que as editoras grandes e médias norte americanas tem planejado
de market share para cada publicação, mas com tantas publicações de
qualidade, o advento de mídias digitais e conhecimento prévio do leitor a
tendência é o mercado ficar mais pulverizado,
então não adianta pensar que a revista vai vender 100.000 exemplares
que certamente vai ser cancelada. Não entendo o porque da DC Comics
cancelar revistas que vendem de 10.000 a 15.000 exemplares se por
exemplo as revistas da Vertigo com todos as estrelas
artísticas que passaram pelo selo dificilmente passa de 15.000
exemplares vendidos. A própria Helblazer, cancelada no número #300,
dificilmente vendeu mais de 12.000 exemplares por mês. Mas também no mês
seguinte ao cancelamento de Hellblazer, a revista Constantine
#01 chegou a 40.000 exemplares vendidos, quem sabe chegando nesse
número expressivo porque as pessoas que a adquiriram tem a ideia de
revenderem essa histórica edição por um bom valor no futuro.
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