Em 1999, antes do primeiro X-Men estrear nos cinemas, ninguém sabia
o que esperar do filme. Curiosidade e temor eram sentimentos comuns
entre os fãs de HQ, tão acostumados a ver seus personagens preferidos
serem retratados de maneira errada nas telas. Naquela época, a internet
não era tão difundida e não existiam redes sociais populares. Por isso
mesmo, pouco se sabia sobre a produção e o diretor Bryan Singer não
fazia tanta questão de mostrar. Até porque, a primeira resposta que teve
com o público foi negativa ao divulgar o elenco do filme. Muitos
reclamaram que Ian McKellen era velho demais para ser o Magneto, que
Hugh Jackman era alto demais para ser o Wolverine ou que o restante do
elenco de desconhecidos não tinha nada a ver com os personagens (o único
que se escapou das críticas foi Patrick Stewart- velho conhecido dos
nerds graças a Star Trek- considerado ideal para ser o professor X).
Pois
bem. X-Men estreou e foi um sucesso: custou 75 milhões e rendeu quase
300 milhões de dólares nas bilheterias mundiais; o criticado elenco
passou a receber muitos elogios; deu um novo status às adaptações de HQ
para o cinema, que passaram a ser mais caprichadas e Bryan Singer caiu
nas graças do público. Em sua produção seguinte, manteve a estratégia de
não revelar muito durante as filmagens e fez de X-Men 2 um sucesso
maior ainda, com mais de U$ 400 milhões.
No
entanto, em suas superproduções seguintes, Singer não conseguiu superar
suas marcas, diminuindo os resultados nas bilheterias a cada nova
produção: Superman Returns custou U $270 milhões e lucrou U$391,081,192 e
Jack, o Caçador de Gigantes, recuperou só 2 milhões a mais do que o seu
custo, que foi de U$ 195 milhões. (A exceção é Operação Walkíria, um
filme que custou 75 milhões e lucrou três vezes mais).
Ou
seja, Bryan Singer está precisando de um sucesso nas bilheterias. Mais
do que isso: ele parece estar querendo ter esse sucesso em seu
currículo. Pelo menos, é o que parece pelo fato de ter abraçado as redes
sociais (especialmente o Twitter), de maneira tão aberta.
O
Bryan Singer versão 2013 está revelando cada passo de seu retorno à
cadeira de diretor na franquia X-Men (ele tinha sido escritor e produtor
de X-Men: Primeira Classe). O novo filme terá o subtítulo de Dias de Um
Futuro Esquecido, indicando que deve se basear numa famosa HQ dos anos
80, que trata de viagens no tempo. A premissa é uma oportunidade de ouro
para fazer um crossover entre o elenco da primeira franquia (Hugh
Jackman, Ian Mckellen, Patrick Stewart), com o atual (Michael
Fassbender, James McCavoy, Jennifer Lawrence).
Desde
o indicativo da história, a escalação dos atores, as locações, os
figurinos, cenários e muito mais, têm sido revelados via Twitter pelo
diretor Bryan Singer. E se, aos poucos ele vai saciando a curiosidade
dos fãs e aumentando a expectativa em torno do filme (que estreia no
próximo ano), com cada novo detalhe divulgado, também está mantendo
controle absoluto sobre a trama e os personagens que estarão nela e como
tudo vai funcionar. E, assim, o diretor nos conta muito, sem revelar
nada- a não ser o desejo de fazer muito sucesso com o filme.
Mas
e quem aí não está louco para embarcar numa viagem no tempo e parar lá
em 2014 para conferir X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido? Que o sucesso
de Bryan Singer seja o sucesso de mais uma HQ no cinema.
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