quinta-feira, 18 de julho de 2013

E se Homem de Aço usasse a Trilha Sonora clássica do Superman

[ por Vinícius Bühler da Rosa ]

Tive alguns contratempos que me impediram de assistir “Man of Steel” logo que estreou. Consegui ir hoje, mas a demora compensou. Toda a família foi junto. E é isso que eu mais gosto quando vou assistir a um filme, ter a família ali, me sentir em casa. Na verdade, todos nós amamos quando nos sentimos em casa. Ter a família perto é um sinal de segurança. É uma forma de tu saber onde tu está e porquê tu está ali. É um ponto onde tu sabe que pode se segurar. É um ícone! Algo que, por sinal, faltou em “Man of Steel”!



Tomemos como um exemplo metafórico a trilha sonora de John Williams nos filmes clássicos do Superman. Desde pequeno, eu sempre achei que o que fazia o Superman vestir a roupa e ir salvar o mundo era a música. Eu pensava que o Luke Skywalker era “o cara” com o sabre de luz por causa da trilha sonora. E, na boa, não existe um Darth Vader ou um Indiana Jones sem o John Williams. Não quero dizer que o filme precisava da trilha clássica, até porque a trilha do Hans Zimmers está IMPECÁVEL! Muito boa mesmo! O que eu quero dizer é que faltou aquela emoção por estar olhando o filme do maior herói de todos os tempos.
Zack Snyder construiu uma Krypton muito, muito legal! Russel Crowe matou a pau. Não é loucura dizer que ele foi o General Maximus de Krypton. A primeira hora de filme é toda em uma narrativa não-linear e eu tenho muito preconceito com narrativas não-lineares. Não gosto de histórias contadas no vai-vem, mas o Snyder soube usar do artifício. As cenas de ação “à lá Snyder” eu já esperava. É pau pra todo lado, porém, sem os característicos “slow motions” dele. Pelos meus cálculos, todos os prédios de Metrópolis foram derrubados e toda a população dizimada. Tá, brinquei, mas, embora as lutas tenham sido bem legais, os caras atravessam prédio o tempo todo, naves surgem o tempo todo... as cenas são muito bem feitas, mas deixam os espectadores meio perdidos.
Henry Cavill foi magnífico! Perfeito! O cara é O cara pra ser o Superman! Se alguém pode honrar o Chris Reeve, é ele! As alusões aos primeiros quadrinhos com o Superman pulando foram muito bacanas. A morte do “Kevin Costner Kent” foi legal. O final do filme foi sensacional, mostrando o herói tendo que desobedecer ao seu conceito ético máximo para salvar pessoas as quais adotou como família.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, faltou o “icônico”! Por mais manjado que seja, todo fã quer ver o Clark correr pra cabine do telefone ou pra porta giratória do banco pra colocar o uniforme. Faltou a essência que faz o Superman ser o Superman. Na minha infância, eu diria que faltou a música do John Williams. Hoje, já um cara meio rabugento que não gosta de narrativas não-lineares e não consegue acompanhar o General Zod quando ele atravessa uns 15 prédios por causa de um soco, eu diria que o filme é muito bom, mas que não fez eu me “sentir em casa” como me sinto com os filmes do Reeve.

Com tantas coisas que gostei no filme, talvez seja mesmo o tema do Williams, ou, talvez, eu só esteja ficando velho e chato... o fato é que “Man of Steel” não me fez pular da poltrona do cinema.

Não foi emocionante. Não foi Super.

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