No início de maio de 2008
chegava aos cinemas o filme do Homem de Ferro , de uma maneira desconfiada por
parte do público e por este que vos escreve, porque sou um colecionador de
quadrinhos fiel. Tal herói, deixou o patamar de secundário, para ocupar a
galeria de destaque da Marvel. E nesse momento, a trilogia chega ao seu ‘’fim’’
(o que não foi confirmado pela produtora). Em Homem de Ferro 3, Tony Stark
(mais engraçado do que nunca) enfrenta
uma ameaça terrorista de alcance global que o atinge fortemente, colocando em
risco a segurança dos Estados Unidos.
Gostaria de ressaltar,
primeiramente, os pontos que mais gostei do filme. O ritmo é muito bem
trabalhado, você não sente o tempo passar, as doses de humor, confronto
ideológico e ação, ficam perfeitamente distribuídos, não deixando a trama
repetitiva. A cena do salvamento do avião é extremamente empolgante, e o
público –certamente – acompanhará com olhos grudados na tela. Voltando ao
humor, Robert
Downey Jr encontra-se habilmente talentoso na forma de levar diversão
ao público, o que não se restringe somente as piadas orais, ele forma o tom
cômico, desde uma música, até vestir sua armadura. As atuações estão bem
trabalhadas e coerentes com a narrativa: poucas são as cenas desprezíveis para
o avanço do filme. Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) leva um pouco do romance e um ‘’mocinha
a ser salva’’, e firmando ainda mais seu papel de parceira de Stark. Don Cheadle
– alter ego do War Machine – funciona bastante como herói secundário, dando
cobertura para que Tony pudesse se concentrar em outro objetivo, mas dando
continuidade a ação (mesmo que rápida).
Acabamos por aqui os
pontos positivos, minha crítica opositora está aqui. Infelizmente, Jon Favreau
– por que diabos? – deixou a direção para o inexperiente Shane Black (de Beijos
e tiro, já viram? Nem eu!). Ele não prejudica a narrativas, mas parece não ter
consciência do tamanho da popularidade do Iron Man, e nem ter visto os outros
filmes. Tudo bem que no começo temos uma ligação com o primeiro filme, mas a
linguagem que ele coloca em primeira pessoa é totalmente desnecessária e
incoerente com a construção feita até aqui por Favreau. E seus erros não param
por aí: Black parecer ter visitado o Rio de Janeiro no período festivo da Sapucaí,
porque o que o Americano faz com as armaduras, é um verdadeiro carnaval. Quase
todo mundo a usa (se o público ficasse um pouco mais assistindo, alguém da
plateia ia acabar usando também). Fora que a construção do vilão é horrível. Ben Kingsley
– até o segundo ato – dá um show de carisma e presença de cena, porém depois se
torna uma piada. Não contesto a licença poética e as decisões do diretor, mas
optar por uma reviravolta daquelas, o mínimo que se precisa é de algo que
preencha de uma forma impactante (se você viu o filme vai entender).
Fonte: http://canalclaquetefilmes.blogspot.com.br/2013/04/130-min-acao-2013-por-pedro-amaro-no.html#more
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